segunda-feira, 6 de setembro de 2010

DOM, POR COCCO BARÇANTE


Coleção DOM- linha Cidadania será exposta no Salão Prêt-à-Porter em Paris de 04 a 07 de setembro. Serão apresentados 54 produtos de 09 grupos produtivos de comunidades do Estado do Rio de Janeiro e que fazem parte do Projeto de Empreendedorismo Social do Sebrae- RJ.
Na foto, painel da exposicçao de Cocco BaRÇANTE

 
 Céu nublado, com uma sombra de sol ao fundo. Aterro do Flamengo.
 Dentro do ônibus da linha 123, pensava em todos os acontecimentos profissionais e pessoais ocorridos nas últimas semanas.
 O SEBRAE/RJ havia apresentado pela terceira vez o espaço Empreendedorismo Social num evento de mercado.
 Sucesso, reconhecimento, negócios gerados, uma equipe que tinha uma inquietude adquirida em função do “sobe e desce” dos morros, do “olho no olho” com as comunidades de baixo IDH.
 Tínhamos a certeza de que poderíamos potencializar estes resultados e aproveitar com maestria a oportunidade que a Diretoria nos concedeu através do Projeto de Empreendedorismo Social no SEBRAE/RJ.

Podíamos fazer mais e melhor.

Os grupos produtivos tinham a capacidade de mostrar uma moda inovadora, competitiva, mantendo a sua identidade.

Mas, o que faria com que estas Marias Alices, Alciones, Geraldas, pudessem ser tocadas profundamente, permitindo que se empenhassem ao máximo?

De repente pensei na minha vida, na vida da equipe, dos consultores, dos gestores, no que nos fazia acreditar que cada dia de trabalho valia a pena... No que estimulava a este time, naquela época embrionária, a dedicar sua energia à geração de trabalho e renda e inclusão social de grupos produtivos inseridos nestas comunidades.

E conclui que o que une estas pessoas,  Josés Luiz, Coccos Barçantes, Lenes, MMs às Neuzas, Jussaras, Anas é o mesmo sentimento.

Sem dúvidas, todos, indistintamente, queremos uma vida melhor, condições dignas, aumento da nossa renda média mensal, mas havia algo, mais importante que quaisquer destes itens, que faria com que estes grupos produtivos, esta legião de mulheres (na sua maioria), pudessem atingir a superação.

Tantas propostas de geração de trabalho e renda, de empreendedorismo, de incubação de empresas e, o que poderia ser um marco na vida destas mulheres que as levassem a acreditar no inacreditável.

No fundo, os motivos que movem o ser humano,  independentemente de  cor, credo, raça, crença, nacionalidade, são os mesmos, apenas os invólucros “podem estar” diferentes.

Havia algo maior que as dores destas mulheres, algo maior que a minha própria dor naquele momento, maior que as dores dos componentes desta equipe de sonhadores (éramos assim considerados pela maioria) e de tantos outros espalhados pelo Brasil, pelo mundo afora, que poderia despertar nestas mulheres a garra de escrever uma nova história das suas vidas.
 E olhando para aquele sol que, timidamente, parecia querer aparecer, pensando em mim mesma, em cada um da equipe do SEBRAE/RJ atuante no Projeto Empreendedorismo Social, vi cada uma destas mulheres... assim o DOM emergiu, de uma forma tranqüila, serena, quase óbvia, mas forte,fundamentada e decidida.
 DOM - Dignidade, ousadia e maestria, mas que uma coleção, uma marca, graças à resposta de tantas  Ilmas, Irenas, Veras, Vals, de  grupos produtivos, que pode ser apreciada, numa pequena dose,  neste catálogo (porque Paris,k Nova York, Roma e Milão nos aguardam) tornou-se uma estratégia do SEBRAE/RJ para geração de negócios, inclusão social e exercício de cidadania junto às comunidades de baixo IDH.

Marcia Manhães
 
 

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